O sussurrar das ondas,
A brisa do vento,
O cintilar das estrelas,
Tudo isso eu entendo.
O ribombar do trovão,
O estertor do tempo,
O fragor da tormenta,
Também isso eu entendo.
Mas esta agonia
Que oprime e aflige.
A dor que não se sente,
Neste peito ardente
Que vacila e treme
Como barco sem leme
À deriva e sem rumo.
Este fogo sem fumo
Que queima e derrete
Sem deixar ferrete
…
Isto não, não entendo.
Coimbra, 13 de Janeiro de 2006
Do autor
Velhos conhecidos
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