O pão é um alimento precioso. Quer seja feito de farinha de milho, de centeio ou de trigo, é sempre um bem necessário e foi, muitas vezes, o único aconchego de estômagos exauridos de fome.
Mas fazer pão é uma ciência hoje muito adulterada pela avidez do lucro fácil e do enriquecimento sem escrúpulos. Por isso não é fácil encontrar-se pão como o de antigamente, salvo em algumas aldeias do interior onde ainda se preservam hábitos e receitas de antanho.
Podem, porém, descansar os mais saudosistas do pão caseiro. Aqueles que ainda acreditam que vale a pena voltar a fazer pão em casa dispõe hoje de uma máquina excelente que permite, a qualquer hora, em qualquer lar, ter à mesa um pão riquíssimo e apaladado, de comer e chorar por mais.
Claro que não é o pão dos nossos avós mas, dada a qualidade das famigeradas carcaças que fervilham por todo o lado, a solução é muito, muito boa.
Trata-se dos pequenos aparelhos de fazer pão. Eles misturam, amassam, levedam cozem e brindam-nos com um pãozinho quase tão bom como o de antigamente. Só é preciso colocar lá dentro os ingredientes, escolher o programa e pronto.
Pode acontecer que não sai logo à primeira, nem à segunda, ou que a determinada altura sai um fiasco, mas vale a pena tentar.
E assim, adeus padeiro, já não é preciso ficar de olho...
Coimbra, 28 de Dezembro de 2005
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