Há tempo para tudo na vida
Mas há horas de desalento;
Horas de desatino;
Horas de escuridão;
Horas de solidão;
Horas de incerteza;
Horas de muita tristeza.
E as horas parecem dias,
E os dias parecem anos,
E o tempo foge do tempo
E a vida vive de enganos.
Há tempo para tudo na vida
Mas se o tempo não tem tempo
E a vida vive de enganos
Como vencer esta lide
Com que maré, com que vento
Com que estrela me oriento
Neste escuro labirinto.
Coimbra, 26 de Agosto de 2004
Do autor
Velhos conhecidos
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